Sexta-feira
nov272009

Jingle Bells

Desanuviando, momento material girl - mas o meu material, haha.

[ATENÇÃO! IRONIA!]

Afinal, Natal está aí e desperta mais "nas pessoas" o espírito... de consumo.

Quero um desses:

http://folktek.blogspot.com/2009/11/time-scape-wave-sequencer.html

 

Quinta-feira
nov192009

SKYGIRLS

Eu ando tão offline, introspectiva e metendo a cara nos livros que só hoje fui saber que o álbum do SKYGIRLS, projeto do incomparável Rogério Skylab do qual tenho a honra de fazer parte, foi lançado. Ainda nem ouvi, que coisa. Vou lá baixar e depois pedir minha cópia!

O link para baixar as 17 músicas GRATUITAMENTE - E/OU COMPRAR o CD duplo, com design bacana e embalagem feita com material reciclado:

SKYGIRLS

Quinta-feira
nov192009

Fiquei rosa pálido, entre o bege e o choque. 

E não teve graça alguma.

Tarde de hoje: saí às pressas, compromissos. Quase em frente ao prédio, um dos meninos "crackheads" que perambulam por aqui está atravessado na calçada, desacordado, tremendo um pouco, com um filete de sangue na perna. Algumas pessoas curiosas por perto - mas não muito perto. Desacelero o passo, eu e minha perplexidade, procurando o celular na bolsa enorme pra chamar os bombeiros. Escuto a sirene - alguém já chamou, o socorro já chegou, para mais à frente. Eu e uma outra mulher preocupada fazemos sinal para indicar onde o menino está. Ao redor, nada mais que leve curiosidade. Risonha, até.

Alguém diz que foi uma moto que atropelou e saiu fora. Diz rindo. Sigo meu caminho cada vez mais perplexa e, uns cinco passos a frente, vejo uma das manicures do salão da rua às gargalhadas, chamando uma amiga para ver. Tento entender o motivo de tanto riso, tanta alegria: não há motivo, não há alegria - é do menino mesmo que riem, num riso-esgar desprovido de qualquer empatia. Olho-as com pavor - é tudo o que consigo.

O calor está infernal, beira os quarenta graus. A cólica fica mais forte, o corpo mais fraco, a pressão mais baixa, a claridade excessiva, tontura, vertigem, a dor aumenta na cabeça, no ventre, mais dor. Tento andar um pouco, "espairecer". Não dura muito, sigo meio zumbi, não dá para seguir. Hoje não.

De volta à casa, ao quarto, ao ar fresco, ao analgésico. Água, muita água, uma pitada de sal. Um pouco de anestesia. O choro é seco: desidratei.

Psicopatas são incapazes de sentir e compreender "empatia". É uma deficiência mental e emocional gravíssima, uma real incapacidade. Porque sentir e demonstrar empatia tornou-se algo mais raro?  A psicopatia anda trivial?  Assim, entre universitários, cabelereiras e manicures?

Conservadorismos tacanhos, ameaças de censura na nossa cara, a total indiferença ao semelhante, o ódio ao diferente. Violência com várias roupas. E depois não se sabe porque tem tanta gente enchendo a cara com a primeira substância que aparece na frente.

Alguém REALMENTE sabe me dizer o que está acontecendo?

Quinta-feira
nov192009

Pouco tempo / muita perplexidade

É o resumo destes dias.

Muita perplexidade diante de uma sequência inacreditável de fatos, desde a reação coletiva grotesca diante de um corpo feminino à má-vontade dos "líderes mundiais" em buscar resolver o que já deveria ter sido resolvido há muito tempo.

O climão anda quente, muito quente. Mas não me espanta a pouca disposição das "autoridades" para tomar as atitudes necessárias à redução do aquecimento global e afins: porque "atrapalha o crescimento". Ei, espera aí: me espanta que não se tenha admitido ainda que isso que chamam de "crescimento" já cresceu DEMAIS, já virou obesidade mórbida e tumor - e, caso não se tome providências emergenciais e cirúrgicas, vai fical mal, muito mal. Simples assim. "The cow will go to the swamp" - e já virando churrasco, o que é pior.

Espantou-me muito a reação de centenas de ogros e ogras debilóides diante de um par de pernocas sobre saltos e sob uma mini-saia rosa choque. E digo assim porque parece que não viram uma pessoa nesse corpo - apenas um corpo-objeto. E abjeto, condenável.

Não fiquei bege, porque bege ficava a sua avó - fiquei rosa-choque. Chocada, eu e mais alguns - mas, se formos ver os comentários por aí, parece que o choque maior foi mesmo com as pernas  - ou com a reação dos universitoscos, mas pelos motivos errados. O que vi de argumentos pouco melhores que a reação dos manés e das recalcadas, vou te dizer... Um conservadorismo e uma estreiteza de visão lamentáveis. Exemplos genéricos repetidos em português sofrível por aí:

"hipócritas, os que condenam a menina também fazem coisa errada por aí, bebem, tomam drogas e fazem safadezas e orgias"

Espera aí: também? Então a menina também estava errada por causa de um roupa? E a vida sexual e química dos outros diz respeito a esse caso, entra em questão? Quer dizer que se os que a condenaram e agrediram fossem "certinhos", tivessem uma "conduta exemplar", aí estaria valendo condenar?

SOCORRO.

"Ela quis provocar e aparecer, conseguiu. Mas a reação foi exagerada."

Aaaai ai ai: será tão difícil compreender o conceito de que a pessoa pode se vestir (ou se despir) como quiser, para si mesma, para seu próprio prazer? Entender que nem todos são escravos das convenções ditadas por "moralismos" - ou pelo consumo e pelos modismos, o lado "liberal" da questão?

E a reação da turba patética não foi "exagerada": exagerada sou eu de mau-humor, quase arrancando as calcinhas pela cabeça. A reação foi totalmente insana, estúpida, injustificável, bárbara, ridícula, deprimente e uma série interminável de adjetivos que me faltam agora, de tanta perplexidade. Pra começar: não deveria haver reação alguma - ninguém havia sido agredido ou ofendido para se achar no direito de "reagir". Agrediram e ofenderam assim, por nada mesmo.

AAAAH, HELP!

"Unibambi, bando de viadinhos, eu ia adorar ver aquelas pernas passando por mim, Ah Geisy!"

Eu gostaria muito de saber o que os gays tem a ver com esse episódio. O que se viu foi um bando de pretensos "machos" frustrados e extremamente machistas e um bando de mocréias reprimidas extremamente machistas ofendendo, agredindo, ameaçando e perseguindo uma menina de 20 anos - e esse tipo de comentário focado nas pernas, e a agressão consentida e mesmo estimulada) - segue, de forma mais "marota", pelo mesmo caminho: o da mulher-objeto, etc. Erra feio ao desviar de forma "engraçadinha" do assunto que realmente importa - a saber: o surto coletivo, a total falta de respeito, empatia e ética, o preconceito extremo. Não tem graça alguma ser vítima da insanidade de setecentos estúpidos.

E esse tipo de comentário ainda mete os gays na história, de uma forma bem preconceituosa e ofensiva, como se ser um babaca violento e misógino de QI abaixo da mediocridade já reinante só pudesse ser coisa de gay enrustido, de "viadinho". Absurdo. Hm. Realmente não é "coisa de homem de verdade": assim como não é coisa de mulheres e de gays de verdade. É coisa de gente "de mentira" - que não soube se humanizar ou que se deixou desumanizar, que não adquiriu a capacidade de perceber e aceitar o outro, o diferente, que não trata o outro como humano, como ser vivo - trata como coisa, treco, lixo.

Questão: por que meios a sociedade vem formando essa "gente de mentira"?

SOCORROOOO

MEUS SAIS!

Depois tem mais. Que tempo, agora NO HAY!

 

Quarta-feira
nov042009

Hilda Hilst

"Senhora H", neste site, em "Cine"

Sexta-feira
out302009

"AI QUE LOUCURA!"

Eu aqui me divertindo com entrevistas e bruxas à solta, coisas "muito doidas".

Pra começar Lady GaGa: como imaginava, não tem nada de doida, é muito esperta, inteligente e articulada a mocinha, defensora de boas causas e me pareceu até simpática e sincera, cheguei a ter vontade de gostar. Mas não consegui ainda. Esse pop mainstream atual me dá mesmo nos nervos e não há "crítica à indústria das celebridades feita por celebridades" que aliviem o fato: meus ouvidos piram e acabou.

Aí vem o Ricardo Villalobos falar mal de programas e músicas feitas no computador - o que ele faz, sempre fez. Que eu saiba, ele ainda é o Ricardo, não virou o Heitor nem adquiriu hífen no sobrenome, mas tudo bem. Parte da onda muito doida dele é praticamente afirmar que as antigas baterias eletrônicas tinham "alma" e um som muito mais foda do que qualquer coisa que envolva um computador - como se as tais drum machines não fossem... computadorezinhos dedicados?

Já tive e usei várias, "peraí" que isso é viagem. Existem diferenças de sonoridade entre quaisquer equipamentos não-idênticos - óbvio - mas creio que a diferença maior está nos diferentes métodos envolvidos no uso de hardware ou software. A própria restrição de timbres e de possibilidades de uma bateria eletrônica pode eventualmente contribuir para que as PESSOAS que fazem música se esforcem mais para chegar a resultados mais criativos e a uma unidade mais "orgânica", mas não há nada de "essencialmente" melhor e mais "mágico". Isso me parece uma tentativa de afirmar que o cara com seu computador e seu software em casa nunca será tão bom quanto os "mestres" das velhas máquinas "mágicas". Isso é estimular fetiches como o das guitarras - só que guitarras têm componentes acústicos e artesanais que realmente mudam o som - ou a "alma", como alguns preferem. Fizeram uma análise hilária do discurso do cara. Trecho:

"And what exactly was in those vintage drum machines, if not a computer making calculations? Eleven secret herbs and spices? Elves with slide rules?

But this is the beauty of interviews – you can say crazy things. And it definitely beats boring.

There is also one statement with which I wholeheartedly agree:

People are finding it easy to publish something without any controls. And this is the problem with the internet in general. There is so much information, and no one knows if it’s true or not. It’s just there. It’s an information monster.

It’s almost as though the Internet is a place in which people can make any wild claim they wish, without anyone questioning its basis in reality or fact."

(texto completo Aqui)

Sim, isso acontece o tempo inteiro e nem sempre é engraçado, mas vamos rir, hahaha. E pelas fotos, as ervas e elfos talvez estejam rondando e rodando a mente do DJ bacana. Quando esteve aqui, boas e más línguas disseram que ele comia balinhas como uma criança gorducha.

A loucura por aí deve ter a ver com o Halloween chegando. Este livro pesquisa o uso de substâncias alucinógenas pelas bruxas medievais. Parece que essa de voar sobre cidades e florestas tem mais verdade do que se pensa. Hm, entendo. Interessante, já está na lista. Será que inclui receitas detalhadas?

E viva a meditação e os enteógenos. Para o resto, just say Moe.

 

Terça-feira
out272009

Stranger than Kindness

Uma das melhores do Nick Cave por Fever Ray. Xamãs e fantasmas.

Quinta-feira
out222009

Água, luzes e o jabuti sonoro cabalístico

Terça-feira
out202009

Três belezas

Clip do Modest Mouse, The Whale Song, pelo brasileiro Nando Costa. Muito bom, dos melhores que vejo em muito tempo.

"Whale Song" for Modest Mouse from Bent Image Lab on Vimeo.

 

The Cat Piano, narrado por Nick Cave - tinha como não gostar disso tudo? AH!

The Cat Piano from PRA on Vimeo.

 

E Alan Moore falando muito bem, como sempre, sobre sua nova empreitada.

Alegrias.

Terça-feira
out202009

Porque sumiços e mudanças podem ser o que há de melhor

 

SÓ O EXPERIMENTAL SALVA!

Não o clichê de certo tipo de música experimental - grupo de caras aparentemente largados e teoricamente avessos a aparecer que fazem SEMPRE barulhos desconexos tendo como regras básicas "tem que soar esquisito e qualquer ritmo é proibido". Não, isso geralmente é chato mesmo e já é uma fórmula: portanto, nada experimental.

O que é experimental? Experimentar. Verbo, ação. Ousar jogar tudo fora e começar de novo, ou resgatar pedaços de passado para fazer algo diferente, novo e maravilhoso ao menos para quem o fez, como um filho. Por mais que venham a nascer crianças com carinha de joelho pelo mundo todos os dias, o seu próprio filho será sempre único e especial.

Porque em certos meios tornou-se tão estranho querer e fazer algo com esse espírito vivo, tão elementar?

...para mais considerações, disponha do link SÓ O EXPERIMENTAL SALVA!

HA.